Tema: Esperança

Aqui, confortáveis, a perder tempo no Instagram, passa-nos ao lado o sofrimento de quem vive em guerra. O que nos chocou ao início, com o tempo torna-se indiferente.

Mas, para um cristão, não pode ser indiferente a dor de ninguém.

Que Jesus nos dê um desejo grande de paz, para nós e para os outros. E conceda ao mundo inteiro a paz que mais ninguém pode alcançar.

*

O Papa pediu que nos unissemos a rezar pela paz. Hoje rezando o terço, amanhã com um dia de jejum e oração.

Vale muito. O que ainda podes ser vale mais que todos os falhanços que arrastas atrás de ti. Mais do que a má fama que possas ter. Mais do que a duplicidade com que viveste até agora.

Com paciência, com esperança, com a ajuda de Deus. Por muito envergonhado que estejas, ainda podes amar muito: que isso nunca te pareça pouco.

Recomeça, Deus espera-te. Agora pode ser diferente.

Andas confiante. Já o tinhas experimentado mas agora é diferente.

Antes, tinhas a confiança de uma pessoa com saúde, forte, bem sucedida. Olhavas o mundo de cima com meios para vingar em qualquer ambiente. Mas com um certo receio de uma solidão repentina.

Agora sabes que Deus não deixa nunca de te amar. E, ainda que a vida não sorria tanto como noutros tempos, a tua confiança é mais verdadeira. Não é em ti que confias, não é na saúde que te apoias, não é na popularidade que descansas.

Esperança que não engana, só em Deus.

*Caminhamos para o Jubileu da Esperança em 2025. Espreita o link da história para começares a preparar-te, renovando o teu modo de fazer oração.

Saber quem sou, quem me quis, para onde devo ir e por que caminho. Há uma grande paz quando conhecemos estas respostas.

Depois, podemos tropeçar, desviar-nos, andar para trás, recomeçar...Mas saber o caminho e a meta faz toda a diferença. E saber que não mudam.

Esforças-te por encontrar paz onde só encontras distrações. Gastas-te à procura de uma tranquilidade, que sentes que deve existir, mas não sabes onde está.

Está em Deus.

Não estás triste. Mas preocupa-te a ausência de entusiasmo para o que tens entre mãos. E viras-te, sedento, para vários lados: mudas de atividade, procuras quem te elogie, dás tempo ao que gostas e não ao que deves. Não crês poder estar alegre no que te custa.

Espera. Persevera onde estás e Deus te quer. E corta esses fios subtis que ainda te prendem à terra.

A verdadeira alegria não está no cumprimento das tuas expectativas. Aquilo que tu esperas fica sempre aquém das surpresas de Deus. Espera Nele.

Se não tens sede de estar com Deus e levar até Ele os que amas, farás pouco pelos outros.

Se não te lembras que esta vida te prepara para outra –eterna!–, só vais querer desfrutar.

Se achas que não tens de responder a ninguém sobre nada do que fazes com o teu tempo, não o aproveitarás.

Vive-se bem na terra de olhos postos no céu. Com esperança!

A saudade, o desamor, o destino. O peso de uma vida que guardamos em canções, belas e nostálgicas, lamento do que não se recupera nem chegaremos a ser.

Parece que preferimos padecer, suportar a vida, aguentar, ir andando. Como cristãos tristes que aumentam o fardo que carregam, encontrando consolo nessa fatalidade.

E a esperança?

A quaresma leva-nos à ressurreição. Cristo venceu e ficou connosco. O sorriso, o otimismo e o bom humor, não são virtudes de ingénuos, mas certezas de quem encontrou a Vida.

*

Já viste o cartaz do @faithsnightout dia 24? Uma oportunidade de ouvir testemunhos de esperança. E um bom modo de viver a quaresma.

Apanhaste uma gripe, o metro avariou, entalaste um dedo, bateste com o carro, não tiveste bilhete... e deprimiste.

De repente, és infeliz. A vida tratou-te mal, injustamente.

Quando passar a birra, diz na tua oração: Senhor, não mereço o que tenho e não peço nada além de Ti. Não me queixarei por não ter o que outros têm. Não quero outros direitos além do de te amar. Preciso só de Ti.

Servir-te-á para os momentos realmente difíceis.

E está nas tuas mãos.

Ficam para trás coisas menos boas, para hoje as que podes mudar, pela frente a esperança. Se puseres as tuas mãos nas mãos de Deus.

Que seja este o tom de todo o ano: recomeçar cada dia.

Um bom 2024!

Antes de conhecer Jesus Cristo, a minha vida era pesada: dificuldades no trabalho, problemas de dinheiro, saúde frágil. Agora, é igual.

Antes de conhecer Jesus Cristo, inquietava-me a aceitação dos outros, vivia com a tentação do sucesso, sempre atraído para ter mais. Agora, é igual.

Antes de conhecer Jesus Cristo, sofria com as feridas, desentendimentos e desilusões; chorava com as minhas fraquezas. Agora, é igual.

Qual é a diferença? A esperança.

Não tens aqui morada permanente. Quando a vida te sabe a pouco, quando intuis dentro de ti desejos de algo mais, sedes que não consegues saciar, percebes que foste criado para grandes coisas, para uma eternidade em Deus.

O Céu não é uma seca. Não é um sítio parado, onde nada acontece. É o amor pleno, realizado, total – para sempre.*

*se não sabes do que estou a falar, consulta o Catecismo da Igreja, parágrafos 1023-29

[novíssimos 5/8]

Em todas as missas, de olhos postos no pão consagrado, dizemos juntos: “vinde, Senhor Jesus”. Palavras que se tornaram rotineiras, habituais. Passas por elas quase sem dar conta. E, no entanto, elas reflectem um dos mais profundos mistérios da nossa fé: que estamos à espera do fim do mundo e da segunda vinda do Senhor.*

*se não sabes do que estou a falar, consulta o Catecismo da Igreja, parágrafos 1038-50.

[novíssimos 4/8]

“No entardecer da vida, seremos julgados pelo amor”, ensina São João da Cruz.

A nossa vida, a nossa fé, o nosso amor a Deus e aos outros, tudo isso será julgado. Não temas o juízo dos homens. Vive como quem se prepara para o juízo de Deus.*

*

se não sabes do que estou a falar, consulta o Catecismo da Igreja, parágrafos 1021-22.

[novíssimos 3/8]

Às vezes, fazemos da morte um tabu. Deixamos as nossas crianças disfarçar-se de demónios e fantasmas no Halloween, mas achamos traumatizante levá-las a um velório e confrontá-las com a inevitabilidade do fim. Não visitamos os nossos mortos nos cemitérios. Não rezamos por eles. Não mandamos celebrar missa pelas suas almas.

Que tempo é este, em que tememos o que está para lá do tempo?

[novíssimos 2/8]

Esta vida que vives há-de chegar ao fim. Hoje? Esta semana? Daqui a muito tempo? Não sabemos. Não controlamos o dia, nem a hora.

Vive hoje com os olhos postos na eternidade. Deseja-a.

[novíssimos 1/8]

Posts mais antigos