A cultura que fez da luxúria a principal virtude inventou o pecado de não se ser suficientemente atraente.

Mas podes ter a figura mais esbelta e ser profundamente guloso. É que o erro está em procurar a salvação pelo corpo: a satisfação destemperada de comida e bebida; ou a paranóia do requinte que centra a vida, o tempo e o dinheiro em comer. Ou ainda a doença da forma perfeita que faz de calorias e exercícios as tuas principais conquistas.

Dá ao corpo o que ele precisa. Um pouco mais para festejar. Mas não chames virtude à vaidade, nem ao vício, nem a essa obsessão com valores nutricionais que te faz viver tão colado à terra.