Não era viciado e nunca apostava muito. Entretinha-se online em palpites sobre tudo para tentar fazer uns trocos. Às vezes perdia, outras ganhava. Uma vez assustou-se com o que gastou, mas um golpe de sorte foi suficiente para equilibrar as contas. Era um passatempo.
O tempo passou.
Hoje vive com remorsos. Horas e horas perdidas, irresponsáveis e sem interesse. Um apego inconsciente às novidades. Mas, sobretudo, o desejo escondido por dinheiro fácil e a esperança infantil de poder viver sem trabalhar.
A vida não é fácil. Perdida em apostas, também não é boa: se não for por fazer mal, é por não ter feito nada. Não arrisques: trabalha!