Tema: Liberdade

Precisamos de ti. Por isso, agora é para descansar, parar, mudar hábitos ou fazer tratamentos. O que o médico mandar.

Não vale a pena armar-se em forte, nem disfarçar fragilidades. Cuida-te e recomeçarás com mais força.

É o momento de desconfiares do teu jeito, da tua inteligência, da tua resistência. Para confiar em Deus e entregar-Lhe tudo.

Ele sabe. Deixa-O agora fazer por ti.

Se ninguém fala para explicar, cairemos nessa armadilha. Se não falamos para pedir ajuda, não sairemos dela.

A pornografia contamina o nosso olhar sobre os outros, desfaz a nossa alegria, engana a nossa autoestima, despreza a nossa relação com Deus, destrói a nossa vontade.

Tristes e insaciáveis, continuamos a permitir a exploração de alguém, o comércio dos corpos, a destruição das famílias.

A boa notícia? Podemos agir, pedir ajuda e ajudar. Recuperar a liberdade. Falando.

*

@da.oclique nasceu para isso. Segue. Mesmo sem precisar de ajuda, ajudas alguém.

Querias estar sempre entretido, viver continuamente com estímulos agradáveis: trabalhar com entusiasmo, rodeado de pessoas, rir muito, comover-se, agarrar desafios, ver coisas novas...

Mas não consegues e procuras recompensas no telemóvel. É o teu melhor amigo. Faz-te parecer ocupado, tem sempre novidades, prepara coisas para ti, faz-te rir e comove-te, está sempre disponível.

E diminui a tua vida interior, estraga a tua relação com os outros e seca os teus talentos. É quando estás aborrecido que és mais vulnerável: mau momento para escolher más companhias.

Deixa-te aborrecer. Lida contigo mesmo, sem disfarçar misérias. Aceita os momentos chatos da vida e aprende a enfrentá-los com verdade.

Noite. Sais, divertes-te, bebes um copinho, dois, dez... apanhas uma bebedeira. Pegas no carro, rumo a casa: – E se apanho polícia? Huf! Desta safaste-te.

Outra noite. Sais, divertes-te, bebes um copinho, dois, dez... apanhas uma bebedeira. Pegas no carro, rumo a casa: – E se apanho polícia? E apanhas mesmo! Que azar! Lá vai a carteira. A consciência pesa: nunca mais o repetes.

Moral da história: tem em atenção as consequências dos teus atos.

Tem. Mas essa não é a moral cristã! O problema não é ser apanhado ou visto, pagar uma multa ou ir preso. É o que escolheste fazer de errado, mesmo que não cheguem as consequências.

Farei como as crianças que sabem nada saber.

Acreditarei nas boas intenções. Calarei as birras pelos caprichos que não me concedem. Jogarei outra vez, com a mesma alegria, depois de perder. Ficarei envergonhado quando a soberba fizer caretas de adulto. Chorarei arrependido por ter desgostado alguém. Aceitarei simplesmente tudo o que me derem. Gritarei ao Céu a minha necessidade. Pedirei ao Pai que me explique.

E assim, livre, sorrirei.

Normas, regras, conduta... percebo o teu esforço, mas não a obcessão.

A obediência cristã é inteligente e livre: vive-se por amor. O que é imposto só se aceita por medo.

À tua autoridade e eloquência, pode ceder um ou outro. Irresistível é o amor de Cristo.

Por onde queres começar o teu apostolado?

***

És um bom amigo? Partilhas com simplicidade o lugar que Jesus ocupa na tua vida?

E percebes que um santo não se faz num dia?!

Não podes ter aproveitado! Todo o tempo que ocupaste a tirar as fotografias, a escolher, editar, rejeitar e repetir todo o processo outra vez... não te deixa espaço para desfrutar dos momentos.

Importa mais que o vejam e que pareça que gostaste. Preferes os likes e os comentários à qualidade do momento!

Experimenta desligar. Faz coisas boas, divertidas, únicas... E não as registes: vive-as!

Não sejas orgulhoso, sabes que tem razão.

Custa-te que descubram as tuas fraquezas. Tu próprio só agora percebes esses defeitos!

Mas não é bom que te conheças? Não é bom que alguém tenha sido sincero contigo? Não é bom saberes onde deves pôr a tua luta? Não é bom poderes contar com quem te quer ajudar?

Então, o único problema é essa pequena humilhação! Que, na verdade, só te faz bem. Deixa-te de lamentações e põe outra cara!

Diante de Deus, nunca deixes de ser criança. Confiado, alegre, necessitado, deslumbrado... E, com essa simplicidade, larga as criancices que já não são para a tua idade. Cresce.

Ocupa-te com o necessário, mesmo que não te divirta nem entusiasme. Põe de parte grandes expectativas, se te tiram do essencial. Sê discreto e vive para servir. Cumpre o teu dever. Estuda e aprofunda no que fazes. Não queiras parecer vinte anos mais novo. Luta pelas relações difíceis e não te dês só com aqueles sobre quem tens ascendente. Monta os planos que os outros gostam e precisam. Modera a excitação. Fala menos de ti.

Que pequenino deves ser para conseguir ser adulto!

Não somos católicos sozinhos. Precisamos da comunidade, de uma casa onde nos cuidam e fortalecem.

Mas fomos feitos para o mundo e para a missão. Deus conta conosco para sair ao encontro dos outros, sem medo. Para ser rosto e luz de Deus.

É seguro o conforto do teu grupo católico. E bom. Mas aí recebes o impulso necessário para ser testemunha diante de quem é diferente, e pensa de outro modo, e tem outro estilo. E não tem nem ideia de Deus!

O mundo não é a tua bolha.

É importante que faças o primeiro: admitir que todos podem ter uma opinião e que podem defendê-la. Não tens que a considerar boa, nem verdadeira, mas deves respeitar a sua liberdade.

Mas também é importante que faças o segundo: exigir respeito! Se amas Cristo, entregaste a Deus a tua vida e queres apresentá-lO a outros, não podes viver encolhido! O que vives é bom! Não o deves esconder por medo a incomodar.

Defende-te! Isto do respeito não funciona só para um lado.

Fugimos da Cruz. Desviamos o olhar diante do corpo chagado de Cristo. Evitamos recordar as dores do Senhor no horto, na flagelação, na coroação de espinhos, no julgamento, no abandono, na sua via sacra. Queríamos a ressurreição sem o calvário.

Mas a cruz é a glória de Jesus. E a nossa. Não há alternativa senão abraçá-la. Nem há alegria sem a sentir.

Masoquismo? Não, amor. O de quem dá a vida pelos seus amigos. O de quem sente dor pelos pecados que crucificaram Jesus.

Une-te à Cruz e a tua vida cristã ganhará outro impulso. O amor prova-se na dor.

Se preferires fugir, carregarás muitas outras cruzes. Mais pesadas porque não são a do Redentor.

“Para quê ter pressa? Somos tão novos, com tantas possibilidades pela frente. Agora é o momento de crescer profissionalmente, juntar uns trocos e aproveitar a vida. Queremos viajar e conhecer-nos bem. É que depois é um trinta e um…!”

Mas que visão negativa! O casamento não te estraga a vida. Dá-lhe propósito, sentido e missão. Que belo é o compromisso de um coração jovem que –livre– é um coração preso a alguém e a Deus.

É um risco? Será sempre. O momento ideal não vai chegar. E a beleza do compromisso está precisamente aí: dares a tua palavra sobre o futuro que é incerto.

Entregar-se não é coisa de velhos. Com a vocação Deus não pede o que sobra, nem o outro o merece: não acumules para ti.

Talvez seja altura de casar. Com incerteza, com um medo razoável, com pouco dinheiro e com uma boa dose de desconfiança em ti próprio! Com generosidade e confiança em Deus.

Não sejas precipitado, mas lembra-te do casal que namorou 50 anos, até um deles dizer: –E se casássemos?

–Oh meu amor, com esta idade, quem é que nos quer?!

“Mas se nos amamos, estamos comprometidos, queremos ficar juntos toda a vida! Para quê adiar o que pode já fortalecer a nossa relação?”

É que já tinhas dito o mesmo na relação anterior! E agora, quando dizes que te entregas totalmente a alguém, tens dúvidas sobre a tua sinceridade. Se é total, tem que ser exclusivo. E para ser exclusivo tem que haver compromisso.

Além disso, o teu desejo tem menos a ver com considerações elevadas do que com a paixão do momento. Pensa bem. Pensem bem! Se se amam, aguentam a espera. E evitam as comparações, e não é preciso esconder nada, e não há perigo nenhum.

Ninguém o faz? É só mais uma das coisas que alguém tem de começar a fazer. Espero que não desistas por vergonha.

Por viver uma vida pura, entregue e apaixonada, não conheço ninguém que se tenha arrependido. Por achar que o sexo tem pouco a ver com o casamento, conheço muitos.

Eu sei que não é por mal. Mas não reparas porque estás sempre a olhar para o teu umbigo.

E chegas atrasado, e desmarcas em cima da hora, e esqueces-te. Precisas de alguma coisa e queres 30 pessoas a fazê-la por ti. Estacionas mal e os outros que esperem. Tentas sempre passar à frente. Falas por cima, interrompes, mudas de assunto. Bocejas, espreguiças-te, desligas. Sempre na tua. Não vês ninguém. Chocas com as pessoas. Até fisicamente!

Muda o chip: olha. Há mais gente à tua volta.

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