Na vida espiritual, as coisas nem sempre acontecem como nas disciplinas científicas, em que nós vemos e agimos em conformidade. Muitas vezes, a luz para ver é simultânea à força para querer. Porque o nosso eu está metido ao barulho até mais não! Tem hábitos e inclinações, que custam despedir e, por isso, ofuscam a vista.
Isto dá que, para discernir a vontade de Deus, é preciso trabalhar antes de mais a disposição para acolhê-la. Fazer-se pequeno, minúsculo, ínfimo. Abrir mão das nossas seguranças. Pedir tudo. Confiar. Numa frase, repetir em confidência: “o que Tu quiseres, quando Tu quiseres, como Tu quiseres”. E então soará claramente o apelo divino.